Material: Sangue
Jejum: 8 horas
Interpretação: utilizado como marcador de fase aguda de processos infecciosos ou inflamatórios; seguimento terapêutico das doenças reumáticas em geral, fator de risco isolado de risco coronariano. A concentração plasmática aumenta em doenças do colágeno, neoplasias, pós-operatório, infarto do miocárdio e em doenças infecciosas agudas (pielonefrite aguda) e crônicas. Na febre reumática, o seu reaparecimento pode sugerir regularização do processo; nas vasculites sistêmicas, pode servir de parâmetro para acompanhamento do tratamento. Estudos prospectivos tem demonstrado que a proteína C reativa (PCR) pode ser usada para predizer o futuro evento cardiovascular. Métodos com alta sensibilidade são usados para este propósito. Concentrações aumentadas de PCR precedem em anos, antecipando o primeiro evento coronariano ou cerebral em indivíduos de alto risco. A PCR é usualmente dosada nos laboratórios clínicos por imunonefelometria ou imunoturbidimetria ,métodos reprodutíveis, capazes de medir a PCR com limites de detecção baixos . Muito embora este limite de detecção seja adequado para a tradicional utilização clínica da PCR monitorando uma infecção, torna-se inútil para predizer risco coronariano e doença cerebrovascular, em população aparentemente normal. A grande maioria dos estudos originais que examinaram a utilidade clínica para predizer o futuro enfarto do miocárdio tem usado o PCR ultra-sensível. Este ensaio é capaz de medir concentrações de PCR até 0,05 mg/dL. Estudos demonstraram que mulheres aparentemente normais com concentrações de PCR >0,21 mg/dL tem 3 vezes maior probabilidade de enfarto do miocárdio e 2 vezes risco de doença arterial periférica, quando comparadas com outro grupo com concentrações de PCR <0,55 mg/L (ou <0,055).