Material: Sangue
Jejum: 8 horas
Interpretação: quando o pró-hormônio denominado propeptídeo natriurético tipo B (108 aminoácidos) é clivado no cardiomiócito, resulta na formação do peptídeo natriurético tipo B (BNP, com 32 aminoácidos), que constitui o hormônio ativo, e um fragmento N-terminal (NT-Pro BNP, com 76 aminoácidos), que, embora seja biologicamente inativo, também é secretado na circulação em quantidades equimolares ao BNP.
O peptídeo natriurético tipo B (BNP) é um hormônio produzido principalmente nos ventrículos cardíacos, o que o torna um indicador mais sensível e específico de alterações ventriculares do que outros peptídeos natriuréticos, como o atrial (ANP). O BNP é continuamente liberado na circulação em resposta à expansão do volume ventricular e à sobrecarga de pressão nos ventrículos, sendo um excelente marcador hormonal da função ventricular diastólica e sistólica. Assim, a elevação de seus níveis sanguíneos tem relação direta com essas alterações ventriculares.
O NT-Pro BNP provém principalmente dos ventrículos cardíacos, sendo liberado na circulação em resposta à expansão do volume ventricular e à sobrecarga de pressão nos ventrículos. A elevação do NT-Pro BNP guarda uma relação direta com o grau de insuficiência cardíaca.
Os estudos demonstram que a dosagem do NT-Pro BNP apresenta comportamento semelhante ao BNP. O NT-Pro BNP tem uma meia-vida plasmática mais longa ao redor de 120 minutos, enquanto a do BNP é de 20 minutos. Os níveis de NT-Pro BNP são mais elevados do que o BNP na circulação, fato que permite uma dosagem melhor otimizada do ponto de vista analítico. Os estudos indicam que tanto o BNP quanto o NT-Pro BNP são marcadores equivalentes no diagnóstico e acompanhamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC).