Material: Sangue
Jejum: 8 horas
Interpretação: os auto-anticorpos contra dsDNA são encontrados em cerca de 40 a 70% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) ativo. Sua presença está relacionada com maior probabilidade de acometimento renal. O ds-DNA é encontrado no LES e sua presença é um dos critérios da ACR ( American College of Reumatology) para o seu diagnóstico. Porém, não é específico, podendo ocorrer com baixos títulos na artrite reumatoide (AR), hepatite crônica ativa, lúpus induzido por drogas, Síndrome de Sjogren, doença mista do tecido conjuntivo, miastenia gravis e infecções, como a esquistossomose e malária. São vários os métodos disponíveis para detectar os anticorpos anti-DNA, sendo a imunofluorescência em que se usa substrato de Crithidia luciliae a melhor, devido a rara ocorrência de reações falso-positivas. Níveis crescentes ou altos títulos de anticorpos anti- dsDNA associados a baixos níveis de complemento quase sempre significam exacerbação da doença ou doença em atividade. Entretanto, os títulos de anti-dsDNA podem permanecer elevados, mesmo com a remissão clínica da doença.
O anti-DNA de cadeia dupla é considerado um marcador diagnóstico específico do lúpus eritematoso sistêmico. Por isso é um dos critérios de classificação da doença. Já o anti-DNA de cadeia simples não apresenta especificidade para lúpus, sendo detectado em várias doenças autoimunes, infeciosas e neoplásicas, não apresentado valor diagnóstico. No entanto, é considerado um bom marcador de atividade do lúpus, apesar de na prática não ser utilizado para esse fim.